Copacabana, início da década de noventa
Eu e mais três amigos resolvemos abrir uma barraca
Vendendo salgados, cerveja, quentão e batida de coco.
Aproveitamos uma árvore que tinha um forte tronco horizontal
A mais ou menos dois metros do chão
Fizemos de teto e sustentação
Escrevemos no tronco com tinta branca um conhecido chavão:
“Quem procura acha aqui”
Por quatro dias foi nossa vendinha, nosso ganha pão
E o quinhão fervia, e a cerveja não dava vazão
Para satisfazer a freguesia, tivemos que comprar em novo endereço
Quando acabava o estoque comprado do mercado, a saída era o bar do Carlinhos
Comprando gelada e mais cara e revendendo com nosso preço.
No último dia de festa caímos na folia também
Os bolsos cheios de grana e a madrugada chegou
Fecharam-se os bares, acabou-se a bebida
Mas eu ainda tinha disposição para ir além.
Mesmo de calça e camisa nova peguei a bicicleta
Pedalei no calçadão até a praia do Leme
Lá eu sabia que tinha um bar que não fecha
Cheguei lá estava lotado – parecia que todos tiveram a mesma idéia.
Depois de mais três horas de copos e novos amigos...
Resolvi pegar um ônibus e voltar para minha casa
Mas antes de dormir alguma coisa eu estava dando falta.
Ao acordar com minha cabeça em brasa
Entrei na ducha fria e voltou minha memória...
A minha “magrela” dormiu ao relento!
Essa realmente ficou para a história.
André Anlub
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Imagem: web
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