Meu verso sorriu um riso falso
brincou de ninar a inconseqüência
talvez por clemência desceu a ladeira
sem eira e nem beira criou alternância.
Aos passos ébrios com deselegância
se fez de coitado sem chamar atenção
nessa contramão de portas fechadas
avistou a fonte da casta inspiração.
Então desinventou a seriedade
zombou da vaidade só pra divertir
com passos trôpegos fez-se de rogado
e deixou de lado o que queria sentir
Adotou a alcunha de anjo caído
olhos de fogo e essência de desatino
mas mesmo sendo um abandonado menino
ficou grandioso para um bardo estimado.
Marçal Filho/André Anlub
Minas/Rio
03/04/12
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