Caminhando por um jardim surreal...
Deparei-me com algumas belas plantas epífitas
Sentei-me em um velho banco de madeira
Um rio de prata atravessava o lugar
Longe haviam árvores altas que pareciam tocar o céu.
Estiquei o braço em direção a uma orquídea amarela
Ela estava caída no chão, ainda molhada pelo orvalho
Peguei e a levei até o nariz
Ainda pude sentir a sua fragrância
Era o meu perfume preferido.
Levei-a então bem próximo dos meus olhos
O sol batia e ofuscava douradamente minha vista
Formava uma espécie de arco-íris, singular beleza
Veio-me a visão dos seus cabelos.
Nesse momento meus pensamentos se consumiram
Lembranças que haviam sido arquivadas...
Mesmo assim voltaram como num estalo
Sem piedade.
Por que fui tão rude com ela?
Pensei como seria o presente se no passado agisse diferente
Ponderei as decisões que tomei...
Algumas sensatas, algumas egoístas e muitas precipitadas.
Tentei ajustar o complexo relógio do cérebro
E perguntas vieram com uma tempestade...
Antes mesmo que eu pudesse ficar de joelhos...
E meus prantos se derramassem por sobre mim...
Acordei!
Mas as dúvidas nunca deixaram de ecoar.
André Anlub
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