Abril em festa?
Pela fresta
infesta o olhar da inveja.
Com a porta semiaberta
ela observa
não há mais breja
não há igreja
queimou-se a floresta
abril banal.
André Anlub®
Nas horas vagas
os vaga-lumes iluminam o caminho
vagam de fininho
em direção ao descanso.
Eu, manso, me misturo ao bando
sem dar bandeira
acendo uma ideia na cabeça
e antes que eu esqueça
voo de marcha ré.
André Anlub®
Tema-me
Perder a esperança não
é bom
há de se armar melhor
não falo só de roupas
camufladas
nem armas ou armaduras.
A guerra é covarde
e a vida é única.
Ouço o grito de Hades
aprisionado no limbo
jogando xadrez com si
próprio
com sua maldade
sinistra.
Ele me sente e me olha
pisca, coça o nariz e
chora.
Minha foice o assombra
minha sombra foi-se.
Estou em pesadelos
em gigantescas
tempestades
na não salvação e
não zelo.
Sou presença
minha sentença é
derradeira
e na cachoeira da sorte
sou a seca
sou a morte.
André Anlub®
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