Corações inteligíveis
Ah, nesse amor descolado, desnudo
das mais gostosas traquinagens
organizando as engrenagens
desorientando meu mundo.
Acordo afogado no pranto
praticamente um tsunami violento
que fez-me lembrar dos tantos encantos
que migraram para o desejo vagabundo.
O tempo se esgota, é a gota d’água
que desagua na grota e no vento
pois invento a lorota da mágoa
por não encontrar meu contentamento.
Perco a razão do vivente
mas no convívio, dentro de um conto
lapido do meu jeito o sonho
e à francesa, saio pela tangente.
Ah, sei que o seu pensamento é só meu
e em um breve instante, em branco
escorrem os pigmentos mais francos
e colorem todo o nosso apogeu.
André Anlub®
(16/5/13)
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