Bonifrate
Nem imagino por onde é o começo
quiçá
pela dor que corrói em saudade
nessa idade que se iniciou o apreço
que migrou para incontrolável vontade.
Decompondo o corpo de bonifrate
(brinquedo)
trazendo a pior das tramas do enredo.
O coração tornou-se ferro e ferrugem
carecendo do óleo quente da amargura
talvez o erro de almejar o impossível
senão a demência de só ver a negrura.
Não tenho mais rotatividade na alma
velho, meu coração anda torto
e o porto que há muito tempo vazio
expõe os corais de um amor absorto.
André Anlub®
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