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Posted by Canal Brasil on Sábado, 27 de junho de 2015
Dueto da tarde (CLXXXIX)
Mais descomplicado é impossível, mas mais impossível ainda é complicar o que está pacífico.
A calma é pedra, é Pedro, e sobre ela construo minha igreja de sossego.
Aos ventos espalho a paz e ao que apraz tatuo o caminho.
Antes pergunto se ela quer ir. Ela sempre quer. Vai e fica. Fica e vai. Só pode ir se ficar.
Não há razão para complicar essa escolha, pois tem razão quem opta deixar livre a escolha do outro.
À razão de dois sentimentos para cada inspiração, a razão vai dormir e me deixa... em paz.
Minha igreja não é só minha, e trabalha em sossego, não caça o ouro, não prende o outro, vive a luz da lua, do sol e dos olhos, e suas filiais estão dentro de nós... quer queira ou não.
Religiosa descomplicação: todos por si mesmos, libertos do que nunca existiu, mas sempre esteve ali.
Nessa manhã o vento voltou e esqueceu a paz. Trouxe tempestades, arrastou telhados, deixou amigos ilhados, criou ondas enormes e inundou toda a cidade.
Juntando as pedras que ele rolou, pedras que não vou usar para nada, desmonto as ilusões de que o sossego é para sempre.
Como diz a música: “enquanto há desejo não há paz”... Então não perco tempo, ponho-me e recolher as pedras e destroços e construir novos templos.
Isso me tira a paz e me devolve a paz: depende de como eu olho para mim.
Rogério Camargo e André Anlub
(27/6/15)
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