Está no sol, mas nem percebe; está na
chuva e passa sede.
(madrugada de 11 de junho de 2015)
Todos dizem em voz alta, em alto e bom
som, em tom de pura sinfonia com enorme euforia, sem ironia e sem sabotagem, com
emoção e pura paixão. A palavra sai solta no ar no caminho que foi imposto...
como um castigo. Conjecturas à parte: quatro letras, quatro lindas estrelas. Presunções à parte: se divide corretamente em
duas vogais e duas consoantes. Apoia-se no democratismo, se abriga na coerência
das suas idiossincrasias; seja noite – seja dia, dança e canta conforme a
música. Tem sonolência, tem ansiedade, há a vontade de estar à vontade para
sempre estar. É a hora de se deitar e relaxar; vir e ver o buscar de uma nova
meta, de certa cota de colossal comprometimento e entusiástica razão. Há casos
raros: entre enormes muros de pedra, na sombra e quase sem água, nascem as rosas. No
subconsciente está no mar, aquele mar calmo de sonho bom. Agora foi ao parque
comprar algodão doce, salsichão e tomar sorvete... Diverte-se. A vida é curta
de tempo escasso, e ao levantar o braço ao acaso o relógio pesa. Os olhos
procuram acordar para a realidade irreal, colocar a pitada de sonho em tudo,
colorindo e enfeitando a grande farsa da vida aos dentes. Bem no estilo
vingativo – dá e recebe –, vai levando sua vida empurrando com a barriga e às
vezes com as mãos mesmo. O corte foi preciso, e foi preciso cortar e cortar os desgastes.
Cai do céu uma chuva, será que molha? Será que seca? Acho que ele sabe o
segredo mais bem guardado... o segredo que foi gritado aos quatro cantos, em
voz alta e bom som. Somos vítimas e não culpados, somos armados de um lado com
a disposição de amar, do outro a imaginação de um mundo armado como um circo.
Somos a voz alta e o jogo de dados e não as fichas.
André Anlub
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.