Alzheimer: vídeo de 1 minuto mostra como são os sintomasUma associação que cuida e presta informações a pacientes com...
Posted by Vida em equilíbrio on Terça, 2 de junho de 2015
Doentes ou sadios... Somos sábios ao
saber lidar com isso e aquilo.
(Tarde de 8 de junho de 2015)
A enfermidade estava sarada, sem a
necessidade de remédios caros, atendimento especial ou até mesmo palavras de
baixo calão. Pegou o balão e foi ao céu, meditou alguns minutos e voltou sã.
Hoje objetiva e distribui compreensão; hoje é menos submissa, na verdade é nada
submissa e aprendeu a lidar com o “não”. Curandeiros foram ouvidos, religiosos,
pais de santo, mães de casa, aprendizes, filósofos, numerólogos e até charlatões;
ouviram bocas de Matilde, a mãe Joana (dona da casa), o Wally e o Waly... (o
sumido e o Salomão), ouviram o cantar de aves raras e a galinha do João; houve
também médico de plantão, pó mágico, forca, gilete, gás do botijão, elixir raro,
sopa de tartaruga e de barbatana de tubarão, ninho de pássaro raro que a Glória
Maria bebe e até medalhão de salmão... Nada disso foi
preciso, a enferma estava boa. A doença se foi como tempestade passada em sonho;
a doença não deixou destroços, não deixou confusão. Foi-se o tempo ruim, pegou
o trem errado para o lado oposto. Agora caminhamos na estrada com a calmaria de
sempre, com céu aberto à frente e poesia embriagante... Vamos adiante – pois
atrás vem gente –, se triste ou contente não é da nossa conta. Já perdemos tal
conta, não somos matemáticos para analisar fatos, sensatos e friamente. Se
vemos fome damos um jeito; se vemos festejo damos um nome; se vemos outono
damos vassoura; se vemos lavoura damos semente; se vemos verão cuidado com a
dengue; se vemos demência voltamos ao começo do texto. Nada muda, é uma
corrente, tudo conforme o combinado e o indiferente. Somos frutos das pequenas
coisas que fazemos, pois nas grandes, geralmente, não temos controle. Professamos
cada passo, cada olhar, cada rasteira, cada intenção de nos enquadrarmos no
melhor sentir possível. Não há o que fazer senão o melhor possível... Assim
seguimos. Saímos de um canto e montamos acampamento em outro. O tempo estava
bom, então aproveitamos e fomos ser felizes. Quando vier novamente a
tempestade, fecharemos as portas, janelas, os olhos e vamos sonhar com dias
melhores.
André Anlub
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