6 de julho de 2015

manhã de 6 de julho de 2015



O frio das frutinhas congeladas; o calor das mangas no pé e no aguardo da sua subida
(manhã de 6 de julho de 2015)

Volta Voltaire, sai Sartre. Entre filosofia nada barata e contos e desencontros de Kafka, fico com Jorge Amado. Assim sigo no tempo sem dar tempo as intempéries, com o pé direito e direto ao direito de apenas ser feliz e nada mais. Ouvidos atentos  nas bocas que nada falam, assim não se escuta, – até se ouve.... mas – nada se escuta. Mostre-me sua simpatia que vou varrer a casa, prender os cachorros, preparar o lanche e o chá da tarde... pois terei enorme prazer em já deixar a porta escancaradamente aberta – à sua disposição. “Não se faz mais alegria como antigamente”, discordo completamente. Há demasiada ambição, há exagerado ódio e pedras nas mãos; mas há mais foco, pois se conhece melhor os inimigos. Aliás, eles estão fendidos, tão expostos que até cegos veem... Há menos máscaras para nos enganarmos. Meu maracujá está subindo pelas paredes, mas não de raiva e sim de produção, de querer vida, querer dar frutos e mostrar-se belo. Faz um tempinho – acho que foi em 2012 – que eu disse: tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora. Agora admito ainda mais: é verdade, e acho que minha paciência aumentou daqueles tempos para cá. Muita coisa mudou e o cenário é o mesmo. Como? Explico! Mudou a priori dentro da minha cabeça; meus atos estão mais lúcidos, assim como vejo o mesmo acontecer com amigos que caminharam sem medo e com determinação e coragem. Alguns arriscaram e não foram felizes, mas arriscaram e irão arriscar novamente... Mas muitos – muitos mesmo – estão em marcha forte e inatingível ao objetivo traçado. 
Continuo aplaudindo os que saem da inércia (seja mental, espiritual ou física) dos devaneios traquinas, com fedor nas narinas, e incongruentes. Aplaudo de pé sim, e aplaudo sempre, aqueles que são verdadeiramente felizes (ou tentam ser) e não se afogam – se consolam – se isolam – se viciam – se vitimizam ou sequer pensam sobre alguma coisa que não sejam suas angústias – se castram nas filosofias de autoajuda, das furtações de vida e valores, oferecendo a concessão gratuita e mentirosa de sorrisos frios, de rios de água insalubre, de comoções vazias, de bom dia com caras de bundinha e da insensibilidade nas árvores frutíferas... Prefere as frutinhas congeladas. 

André Anlub

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradecemos pela leitura.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.