Aquele céu azul turquesa em desvario me olhou sem fim, aquele pérfido desvio que abrolhou em mim;
tal tiro de festim que acerta minhas árduas cobiças,
meus veios, meus velhos/novos embustes e premissas.
Sou andarilho com zelo de outrora malandro sagaz,
sou saga, lenda, mito ou talvez nem e nada disso.
Abdico da necessidade de expor o que fui ou sou; já expondo; paparico a dona rica do amigo, bom, antigo, verde e grená alambique. Dito-lhe ao pé do ouvido:
“verde-bílis com preto, verde-bílis com branco, verde-bílis com verde-nilo, seu primo distante.” - Li isso em algum lugar; acho que poderíamos repintar e avivar os quatro cantos. O céu agora nublado e um assanhado sanhaço cantando, como um tablado branco e você dançando seus passos. Foram descentes decentes, goela abaixo, quatro copos “quentes”: (quatro pingas, quatro santos, quatro amigos, quarenta e quatro anos); peça imaginária, som e luminária, alma incendiária e (pra rimar)... ela – metade marcante da minha faixa etária.
André Anlub
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