Do jeito que sei
Chegou rasgando o vento, o verbo e o
tempo;
Pisou com vontade na ambiguidade do
arremedo.
Iniciou-se a jornada em misto de loucura
e verdade,
Convulsão que já vem tarde, bem à tarde;
Vaidade em alarde – acréscimo do
desígnio,
Em um signo de lua, sombra, luz e medo.
Eis um Zé alguém que espera muito,
Mas nunca em sofreguidão e solidão;
O tempo espera calmo e espera junto...
E juntos, na janela da alma, são elas
por elas.
O Zé alguém nasce e morre aos poucos,
Mas mesmo aos poucos e aos porcos, no
adjunto,
O tempo não nasce e morre junto...
Sobram muitos segundos para jogarem as
pérolas.
Agora esse tempo parte rasgando as
cartas de amor,
Pisando nas pegadas e nas palavras
piegas que deixei;
Segue negritando e sublinhando os
doentes dias de dor,
Dando de ombros, sem hombridade, do
jeito que só eu sei.
André Anlub
(15/4/17)
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