Pegadas do mar
O mar bate, volta, se revolta e descansa...
Banha a criança, o idoso, o jovem, a moça... É dança!
O mar crê que ficar agitado é dar espaço a outras existências.
Bondoso, bravio, carrega a lua e navios, sua completude tem força.
As águas felizes que molham e salgam as essências.
Onde o mergulhão dá seu beijo da vez,
onde o mergulhador contempla o salão... É dança!
Sendo então uma força o mais imponente
enquanto o surfista – em desafio – sem piedade rasga sua tez.
O mar segue e seguimos o seu puro ser para sermos.
Longe ou perto conectados na vivas memória e fragrância...
Bate a vontade de constituirmos parte da sua história.
Tudo no fato do seu infinito viver para assim vivermos... É dança!
O mar me ganha assim: de jeito, de repente, de encanto.
E mesmo eu envelhecendo e aos poucos ficando mais longe,
o amor e o respeito só aumentam.
É o mesmo que acontece em relação à vida.
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