Imagem: feirinha livre de Curitiba (2016)
Sicrano Barbosa
Chegou o tempo das convicções positivas,
De amores desatados por mãos limpas
E lavadas com o suor da procura.
Eis mais um desafio no meio do povo,
Esse povo de andar semelhante, barba bem-feita,
Sapato novo e alma nada desnuda.
Eis o semblante guerreiro,
Os filhos na escola e hora na labuta:
Comida na mesa e nove talheres
Para apenas duas mãos.
Chegou o tempo de desprender-se do básico,
E não se sentir um traste por nada ter de praxe.
No arraste das horas a barba crescendo
E o sapato mais velho;
Vê-se esotérico ao som erudito de um novo critério:
Agora homem simples, Sicrano Barbosa,
Em um mundo novo, livre e baldio.
A vida estava por um fio,
Mas as nuvens se foram e tempestades sumiram.
Não se vende ao Sistema,
Não aceita ser trem e voa (o chão é o limite).
O tempo chegou e o clarão é mais vivo,
As asas no apoio, o voo continuo
É bípede implume que voa (o céu é o limite).
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