Das Loucuras (o umbigo é o coração, a
mente é o bolso)
Pede para que uma multidão reflita,
E tem como resposta que ninguém se
habilita.
Mas teve um sujeito que fez um esforço
E bem-intencionado pendurou um espelho
no pescoço.
Disse alto em bom som aos desavisados:
- Não precisa fazer o que eu digo nem o
que faço,
Contanto que eu ganhe um gordo maço
De todos os vinténs desviados.
Ah esse umbigo, comprimido entre o ser e
o ter;
Como não ver o inimigo travestido de “oferecer”?
Vem... me compre, depois compre
novamente um Eu mais recente...
Chega a ser indecente, lembrando que
indecência também se vende.
Violência, dinheiro, ostentação são
amantes de motéis...
Formam uma tríade, bebem vinho e revezam
os papéis.
Entre os colchetes há o colchão que a
palavra correta descansa,
Faz do anseio prisioneiro e castra a
poesia numa vil aliança.
O sonho:
A vitrola toca na aldeia e tascam fogo
na forte semântica;
Os Xavantes cantam em voz rouca e
expandem as sínteses – coisas loucas.
Um som antigo, um sonho ambíguo, uma
simétrica romântica.
A vida só em nós dois: pescas, flechas, caças,
liberdade, paixão – nada poucas.
Vejo o almoço à mesa e um pudim de sobremesa para depois...
A vida bem explicadinha no picadinho com batata baroa.
Um palmito, um palpite: graviola com chá verde e gengibre...
O piano vem “pianinho” ao sotaque do carioca de Gamboa.
A vida bem explicadinha no picadinho com batata baroa.
Um palmito, um palpite: graviola com chá verde e gengibre...
O piano vem “pianinho” ao sotaque do carioca de Gamboa.
A vitrola se cala e o umbigo é só o que
é realmente;
Alguém toca em som doce e a vaidade
voa...
Afago aos ouvidos, um jazz de Archie
Shepp
A chef volta à cozinha e fica a vida
sozinha rindo à toa.
André Anlub®
(7/2/18)
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