"Após o grande sucesso do projeto DOCE POESIA DOCE, que distribuiu gratuitamente 10 mil “poesias doces” (poesias impressas embalando balas doces) em praças, escolas, hospitais e postos de atendimento em Salvador, além de acontecer também na Flica – Festa Literária de Cachoeira, agora é a vez da antologia “Doce Poesia Doce” que vem para fechar com chave de ouro esta linda iniciativa poética."
Caso do Acaso do Amor
Belas brumas sobre águas de um charco,
Achaques dos impérios de um só Rei;
No brilho lírico do meu espírito de porco,
Oco ato da ata do fato em feito se fez.
Perdura perdida sem remos nem barco,
Parco pecado, e cria-se um grande amor;
No horror do ontem o hoje se torna infinito
E como amiga navego banhada em um fardo.
Sinto-me colhida e calhada madura,
Do pó ao pé da árvore que vocifera a vida;
Ávida, nasci – nascendo – para todo sentido...
Sentindo o amor, de pé ao pé de um novo muro.
Natural, ao natural, no atual e sublime,
Sublinho e friso a cega irmã da justiça (eu);
Nem me atiço: entro fresca na alma e na carniça
Deitada calmamente em uma cama de vime.
O amor me fez de servo a mercê do seu regalo,
Diluiu-me em seu cerne e atravessou um fino gargalo;
Qualquer antes desafeto agora é reto, é sombra, é estalo.
Te aceito, traiçoeira paixão imprevista,
Amor à primeira vista (meu início);
Faço do acaso companheiro (terra à vista)...
Agora dono do meu mundo inteiro (precipício).
André Anlub®
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