""Mestre de bateria foi morto quando subia comunidade para levar médicos para trabalho comunitário
Alexandre Duarte subia a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, com dois médicos quando foi morto. Família acusa policiais militares de terem feito o disparo.
Por Bom Dia Rio
18/07/2019 07h22 Atualizado há 32 minutos
O mestre de bateria Alexandre Duarte subia a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, com dois médicos, na manhã desta quarta-feira (18), quando foi morto. Ele tentava levar à frente um trabalho comunitário no momento em que foi atingido por um tiro de fuzil.
Alexandre era diretor de bateria da escola de samba Unidos da Vila Rica e foi atingido no peito. Ele chegou a ser socorrido por moradores para o Hospital Copa D'or, também na Zona Sul, mas não resistiu e morreu. Amigos de Alexandre, que era também conhecido como “Pressão”, afirmaram que a polícia se negou a prestar socorro ao baleado.
A família acusa policiais militares de terem feito o disparo. Testemunhas afirmaram que os PMs chegaram atirando dentro da comunidade e balearam Alexandre. A corporação, no entanto, afirmou que a equipe da Unidade de Polícia Pacificadora foi recebida a tiros e revidou.
Equipes da UPP estavam de plantão em frente ao hospital. Um grupo de moradores e amigos de Alexandre também estava em frente à unidade hospitalar.
Na tarde desta quinta, o governador Wilson Witzel disse que haverá punição rigorosa se investigação apontar envolvimento de policiais na morte.
“Sobre o diretor[Alexandre] que foi morto a informação que eu tenho é que o tiro não partiu da polícia. É comum que esses terroristas atirem na população para que a culpa caia na polícia. O que eu posso dizer é que não temos bandidos de estimação. A DH vai investigar com rigor e se tiver policial envolvido vai ser expulso da polícia.”
Alexandre Duarte era casado e tinha três filhos. Segundo o Hospital Copa D'Or, Alexandre Almeida Duarte, tinha um ferimento por arma de fogo no abdome e deu entrada às 11h42 na emergência da unidade, com parada cardiorrespiratória. Foram realizadas as manobras de ressuscitação, sem obter sucesso.
“Ao ver o meu amigo Alexandre caído na porta de um bar, fui automaticamente resgata-lo. Eu vi ele baleado e fiquei desesperado. Eu encontrei um grupo de PMs, mas eles se negaram a socorrer ele. Eu e os moradores arrumamos um carro e trouxemos ele pro hospital”, disse Elvis Presley da Silva Ramos, amigo de Alexandre.
O presidente da associação dos moradores do Tabajaras, José Augusto Oliveira, conhecido como Guga, afirmou que Alexandre estava conduzindo um projeto social hoje para a comunidade. Ele criticou a política de Segurança Pública em comunidades do Rio de Janeiro.
“Matam um rapaz que tinha vários projetos sociais. Ele tinha projetos de percussão, violão. E temos um Governo do Rio que está fazendo uma carnificina nas comunidades. Um cara que foi juiz [o governador Wilson Witzel]. Meu Deus do céu, por que ele não entra com projeto social ao invés de ficar tirando vida de trabalhador? Se pegar o saldo da operação, não tem drogas apreendida, não tem arma apreendida, não tem nada. Só um morador morto. A comunidade está revoltada com isso”, afirmou Guga.""
Em nota, a PM afirmou que no fim da manhã desta quarta-feira (17) policiais militares da UPP Tabajaras/Cabritos em patrulhamento pela comunidade Tabajaras foram recebidos a tiros por criminosos armados. Houve confronto.
Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/07/18/mestre-de-bateria-subia-comunidade-para-levar-medicos-para-trabalho-comunitario-quando-foi-morto.ghtml
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