Bras de fer
Chegou a hora:
a imprensa televisada, falada e escrita
Avisava que a prensa teleguiada,
fadada e escrota estava viva;
Bocas rocas se agitam;
corpos belos dançam na luz do dia...
No parque os maratonistas atônitos
com a rebeldia dos esquilos.
Dentro da filosofia poética
regada com um café bem quente,
Acorda a imagem de todos,
e quaisquer conjunturas são diferentes.
Visões de veredas verdes
não são as mesmas dos azulejos azuis;
A vida por um triz, por um troço,
por um treco jamais fará jus.
Nunca é tarde: a euforia toma a pele
como uma protetora casca de ferro...
Doutora do tempo,
detentora dos versos,
inverte o avesso,
faz berço do ego.
E outrora,
quando a tempestade era eminente,
vivia-se o “mate ou morra”;
Agora são outros tempos,
coloca-se a faca nos dentes
e a roupa para o enterro.
Desjuízo final
(Círculo de fogo - faca e ferro no jogo)
A tarde cai
e muitos colesteróis sobem
É nobre (talvez esnobe) de se dizer: tudo vai passar!
Sob a luz do tempo,
num “time” perfeito,
o enfermo se recupera
Numa longa espera
até o novo penhasco para pular.
Palidez nas folhas,
mas nada importa...
Há o abre e fecha de fechos e de portas
Pessoas em carros, em coros,
em choros atravessam ruas
Carcaças, cachaças
e almas ficam nuas
E a terra permanece capengamente a girar.
Renasce a felicidade que grita,
e torta sobe pelos ralos
Inspiração que preenche as folhas;
rolhas saem dos gargalos...
As garrafas se abrem (elixir) à boca de torneira
Vem tonteira,
agonia,
ventania feito zoeira.
Dias dos dias para jogarem-se os dados
e tudo voltar ao anormal;
“Psicodelia” rasteira,
confusão (ultra e extra) mental...
Nenhum sinal de nuvens;
nenhuma sensação precoce
Só a espera do coice
para um desjuízo final.
André Anlub
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