2 de fevereiro de 2021

E assim se fez verão

 






Três poemas com a palavra "unicamente":


Pequenas empáfias


Aves que voam no além-mar

A dois, três metros da água

Sentindo a salinidade existente

Liberdade de tocar a epiderme da vida.


Aves migratórias de voos extensos

Atravessam continentes com suas asas enérgicas

Veem de um modo que nem em sonho o homem vê

A brisa é sua amiga e confidente.


Tudo se torna fácil na simplicidade

O belo, salutar e o generoso são corriqueiros

O natural é unicamente natural

E nada faz falta ter o intelecto.


Alguém lá em cima sorri

Ri de nossa soberba

Ri quando vemos um colibri

Ri quando voamos em asas de aço.


André Anlub

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Estrada insana


Não há razão para encarar essa estrada insana, alucinada...

Dizem que vale a recompensa e o amor é tudo.

Se pegar o caminho será apenas de mala, cuia, bota de couro e queixo erguido.

A bota protege das cobras...

Quais? - Cobras travestidas de amizade, segurança e boas intenções.

A princípio não precisará de mais nada, pois se há mergulho é unicamente de cabeça...

variando entre sorrisos e seriedades durante a queda.

Larga-se quietude – pega-se insegurança –, e determinado vai-se seguindo.

A estrada muitas vezes sangra: fortes chuvas que parecem horizontais.

O barro vermelho surge e se acumula nas beiradas formando esculturas de devaneios

que arregalam e alegram os olhos.

Às vezes levam a um sorriso – a uma alegria –, e dão mais força no delírio do caminho.

Às vezes a estrada enche, há a necessidade de nadar e se nada muito.

Sem barcos, sem boias, sem joias, sem glórias, somente com os sonhos.

Às vezes é seca e solo rachado, com inúmeras voçorocas dando a impressão que nos fitam e chamam para transpô-las.

E mesmo com chuva forte, vento, buracos, percalços, se segue em frete com força ou fraco, coragem ou covardia e quase sempre sem perceber.


André Anlub®

(8/5/13)

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Pérola na Ostra


Palavras soltas, indo com o vento

São como as idéias que habitam a escuridão

Rebentos que eu mesmo invento

Pura e unicamente classificados de suposição


O julgamento final de minhas ações

Tal qual as palavras que deixei de escrever

São unidas com pensamentos em vão

Que desuniram o mais sincero bem querer.


Perdido em vírgulas, parágrafos e pontos

Jogados em papiros com teclas

Que nascem minhas poesias e contos

Sem luzes, escuridão que renega.


Sublinhado pela tinta de corpo e forma

Letras tortas, curvas e retas

Seguindo manuais, escritos nas normas

Sem destino, puramente, sem regras.


Fecho a ostra, guardo as idéias

Desligo-a de uma tal de tomada

Milhões de criatividades são centopéias

Que andam e moram dentro do nada.


André Anlub


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Agradecemos pela leitura.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.