12 de fevereiro de 2021

Salve, salve, Gonçalves.














Toda vez que vejo um Brasileiro com um nariz de palhaço, não sei porque, me lembro da pegadinha do: "desenhe um "i" com um pingo em cima"

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Salve, salve, Gonçalves.

(Homenagem a Gonçalves Dias)


Nos primeiros cantos

expõe com nitidez

enaltecendo a inspiração

como tambores rufando

com o encanto das palavras.

Nos segundos cantos

conhecimento e afinação

há tentativa de união

e consolação nas lágrimas.

Todo poeta é alteza

que exibe sua emoção

também nos conta a memória

páginas realmente vividas

como nos fala em “Os Timbiras”.

E a memória não morre

escorre e percorre as folhas

em bolhas de um puro folclore

que é a mais verdadeira verdade.

Salve, salve, Gonçalves.


André Anlub®

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Nau que jamais afunda


Poesia do amor é colossal

Vive mil afetos e paixões

Indizíveis nas puras emoções

Faz da amada a imortal.

Navega em lugar desconhecido

Na nau do porvir inesperado

Sentimento na quimera ancorado

Cobiça o anseio correspondido.

Face e sorriso na essência

Delírio da memória registrada

Afeto que se perde na estrada.

Mas se há ínfima clemência

Refaz-se o mar antes navegado

Renascendo o amor desamparado.


André Anlub®

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Algumas histórias II


Estava cá com meus botões

Rememorando velhos bordões

Pensando em épocas remotas

Concupiscências e efígies mortas.

Lembrei-me de amores perdidos

Esquecendo-me de dores achadas

Pessoas que foram imaculadas...

E demônios travestidos de amigos.

Recordo dos conhecidos porteiros

Nas calçadas com seus banquinhos

Sentados o dia inteiro

Ao lado dos seus radinhos.

Vozes agudas dos rádios a pilha

Diversão do seu dia a dia

Hoje atrás de grades e guaritas

Entregues à sorte e à morte...

Estão à revelia.

Lembrei-me das ruas sem movimento

Que serviam de campo de futebol

A ausência maciça de lamento

Para todos nascia o sol.

O gol feito de chinelos

A bola “dente de leite”

Seguia torta em caminhos retos

Felicidade que compunha a gente.


André Anlub

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Algumas histórias 


Cheiro de madeira queimada

Na ponta dos espetos, salsicha e queijo

Sicrano tocava um blues na viola

Eu tirava um som da minha velha gaita.

Fulana cantava melodiosamente no ritmo

Enquanto Beltrano arrepiava nas latas de Nescau

Os animais, com o barulho, já haviam corrido

Era uma calma e bela noite logo após o Natal.

O show já estava frenético e sem rumo

Vaga-lumes embriagados rodeavam o local

E em uma nuvem se escondia a lua minguante

Não havia qualquer luz artificial.

Na sombra da fogueira, imagens curiosas

Dançavam com a música nas árvores e arbustos

Deu-se uma imagem sombria de um corvo

Logo se transformou em uma flor formosa.

São momentos inesquecíveis na minha mente

Que nem mesmo o garrafão de vinho conseguiu apagar

Transformadas anos depois em alguns versos e prosas

Essa história ocorreu em Visconde de Mauá.

Depois retorno para falar das cachoeiras...

Ah, as cachoeiras...


André Anlub 

(12/02/2012)

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Agradecemos pela leitura.

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.