26 de maio de 2011



Finalidade da Arte

Abranjo o pincel como se fosse meu pai
Chega de despedida, chega de adeus
A inspiração chegou, a timidez se foi
Sou Netuno, Odin, Zeus.

Faço um traço, entro em ação
Cores dimanam do meu pensar
Encéfalo explode, ogiva nuclear
Arco-íris, cogumelo, refração.

Começam a germinar imagens
Transpor o que tinha na gaveta da mente
Minhas passagens, viagens incoerentes
Saem absolutos, imponentes, pelas mãos.

Os "nãos" e os "sins" de outras épocas ou horas
Conspurcam a tela branca
Formam uma figura que desbanca
A imaginação do artista, sua história.

E pronto, o rebento lindo e bem-vindo
Ali, a sua frente, imaculado
É mais uma obra, quase do divino
Da verve, alento, do artista amado.

"Gosto de pintar, gosto de poesia, de escrever, tocar bateria, gosto de viver, longe da vida vazia, faço das artes minha orgia."

André Anlub

23 de maio de 2011

Nossos Litígios



Nossos Litígios

Pelos nossos próprios litígios
Tentei organizar nossas vidas
Apagando insensatos vestígios
E acendendo e excedendo as saídas.

No doce ninho, que mesmo em sonho
Onde criamos rebanhos, rebentos
Em águas límpidas que fazem o banho
Depurando, em epítome, nossos momentos.

Amontoando em vocábulos incertos
Vejo e escrevo, em linhas tortas, n'alma
Optando por esse amor na justa calma
Nas brigas que expulsam demônios e espectros.

Mas na sensatez do amor verdadeiro
Vi-me lisonjeado por ser o primeiro
O real, fiel e o ardente.

Sou o qual lhe agarra a unhas e dentes
Sendo o mais perfeito, da paixão, mensageiro
Andando feito ébrio a passos doentes.

Mesmo se somassem todos os números e datas
Secassem todas as águas do planeta
Encharcando sua face que no ápice da tormenta
Sempre responde com lisura imediata.

O ardor do âmago do seu ser
Acabou escrevendo minhas linhas
Nesse bem querer de minhas rinhas
Só, e mesmo cego, posso lhe ver.

André Anlub

19 de maio de 2011

DIA DO ABRAÇO



Amplexos

Grito, pois quero abraçar-te
Já preparo a invasão
Esperei o tempo que postergaste
Irei com lanças, bandeiras e canhão.

Não me compres com ouro, beijos ou afagos
Nem tampouco demandes perdão
Mesmo que tu chames deuses e magos
Nada, ou ninguém, far-me-á oposição.

Meu exército está a caminho
Sei que jamais me deixaste sozinho
Mas quero galgar meu quinhão.

Um abraço amistoso
Apertado, quase acamado, generoso
Amplexos na alma e coração.

André Anlub

18 de maio de 2011


Nossas crianças

Criança que brinca com pião, pula corda e amarelinha
às vezes solta uma pipa e no seu voo a imaginação vai junto.
Brinca de futebol de botão, jogar bola na rua, é o dono do mundo
pensa, para que serve o relógio?
O tempo é infinito, e o viver é além de bonito, subo sempre no pódio.

Cuidado que a Cuca vem ai, Bicho Papão, o Saci Pererê...
se cuida, eles podem lhe ver, suba logo na árvore!
usando a imaginação, em um mundo só seu, tudo pode acontecer
e lendo Monteiro Lobato, as idéias no ato, vão no mato da vida...
florescer.

Os adultos serão sempre crianças também
só ficaram mais velhas, é o destino de todos.
Juntos, nessa grande família, a brincadeira cria vida, e voa além.

Se entender que papai e mamãe, viveram uma história, um conto de fadas
se aproveitar a infância, aumenta a esperança, nascem almas aladas.
Querendo, de todos, o bem, para seguir trilhos certos, entrando em um trem
Esse é o trem da alegria, satisfação, o verdadeiro amor.
E por fim, guardados os brinquedos, benzidos os sonhos...

Durmam bem e amém.

André Anlub

15 de maio de 2011



Sorriso da Hiena

Deitada sob a sombra da árvore de José
A lua aos poucos se movia para iluminá-la
Cantarolava uma melodia incomum, algo como uma sinfonia sem ritmo, sem fala
Odores de diversas origens se espalhavam
Para quem amava, eram prazerosos perfumes.

Como existe a variante do ganho e da perda do orgulho
É como ebulição da pura causa
Na hora que a água seca, mesmo que seja tarde, é valiosa
Como um embrulho sem fita, laço, cartão sem prosa.

Caminhando só, com os pés no chão, perdeu a identidade
Perdeu a sinceridade
Achou amargura
Colheu perdão.

Seu olhar perpetua-se em um passado próximo
Uma época boa de ilusões não descobertas
Um passado de campos e doces sons
Passado que lhe agradava em todos os âmbitos e sentidos.

Mesmo que não desmascarado tal tempo
Nem tampouco o reconhecia como monstro surreal
Tornou-se real e palpável
Felicidade estável
Um sorriso de hiena.

André Anlub

9 de maio de 2011


Cria

Vestes minha veste e gritas
Caso do acaso de um inóspito afeto
Assombrando-te, por entre um jardim de flores tépidas
Girassóis que miram aos quatro cantos.

És minha cria, própria luz, em mim sem sombra
Em ti, pura certeza, sempre tardia
Procuras em todos, a rebeldia
Encobres-te o corpo todo em santo manto.

Apontas-me, o dedo em riste, a face triste
Dizendo que és só minha, afeto e escrava
Amante da zombaria, uma serpente
Comes a maça da própria sorte.

No teu neto, que sem pai, habita a dor
Prelúdio de momentos de sacrifício
Ofício de morrer, viver sem graça
Filha és minha vida, atonia e morte.

André Anlub

3 de maio de 2011

MÃE É uma PESSOA ACIMA DE TODAS



Mamma

Ao som de Bohemian Rhapsody
Poderia ouvir um mundo de dor
Mãe, é tamanho o teu amor
Consolas, aqueces, em puro afago.

Tirando-me do coração amargo
Depositando em um zen zelo, tua força
Viajo entre narcisos amarelos
Jardins de sorrisos e ardor

Pegue-me novamente em teus braços
Assim eu volto a ser tua criança
Voltando essa grande aliança
Reconstituindo todos os pedaços

Em suma, o carinho que não finda
És, por ti, sempre bem-vindo
Pousa delirante em meu peito
Faz-me, quase sem jeito, tua vida.

André Anlub

14 de abril de 2011

MAC - BAHIA (Inauguração foi Adiada)

Caros Amigos

10/6 - Inauguração do MAC - Bahia - Minha Tela "A Indigena Gestante" Faz Parte do Acervo Permanente desse Museu! Baianos Compareçam!"

Para saber mais:
Clique em MAC - (Museu de Arte Contemporânea) Lá em cima, nos endereços!

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.