Gatilhos errantes
Já vai à guerra fazer o que é preciso,
Com esse brioso dom, com esse sétimo sentido,
Breve e incrivelmente leve em tal comunhão;
À sua mente: o grito grato expondo a dor
E o corpo frio que levantam do chão.
A lua untuosa ilumina o caminho,
Pés calçados na chinela velha de um guerreiro nato,
Na mão empunha a espada ao alto
E a outra que quase esmaga
Um garrafão de vinho barato.
Hilário no seu imaginário
Com muito peixe – com muito lago
Sem vil aquário...
É pescador e nômade,
É gigante navegador,
Senhor de diamantes
Das ricas pedras sem esse valor.
Emblemática a fábula dos seres pensantes,
(no oitavo sentido)...
Bichos do mato abraçados ao calor do amor;
Flutuam como pássaros em palácios de sonhos
(passam batido)
Esquivam-se dos ínvidos gatilhos errantes.
André Anlub®
(16/6/14)
Poema do livro "Talento Poético" lançado em SP no dia 10/1/15.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.