Desabafo de uma professora paranaense
Posted by Enio Verri on Quarta, 29 de abril de 2015
Os cavalos, as tulipas e uma vida (continuação de “Se todas as tulipas
fossem negras”)
(André Anlub - 7/6/13)
Meu cavalo relinchou por comida
quer algo esquecido e sem fim.
Quer banquete farto e antigo
quer minhas loucas iguarias
pois já está farto de capim.
Meu cavalo veio à minha porta
nessa torta manhã de domingo.
Ouvi com delicadeza sua clemência
e chorei feito menino.
Mais uma vez só vejo as tulipas negras
e o verão mergulhado no inverno.
O inferno com suas portas abertas
badalou os sinos
e colocou o capacho de “bem-vindo”.
Mas, minha gente amiga...
beijo a vida vadia.
Deem-me as mãos, me deem guarida
não quero ser julgado, é covardia.
Como réu confesso, meu cavalo se vai
some ao longe, pelo canto da estrada.
Sua estada é sempre trágica
e, como mágica, ressuscita as tulipas.
ATUALIZAÇÃO: números do SAMU: 150 feridos, 8 em estado mais graves, devido a tiros de borracha e mordidas de cachorros...
Posted by Gazeta do Povo on Quarta, 29 de abril de 2015
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