11 de maio de 2015
Tarde de 11 de maio de 2015
Tarde de 11 de maio de 2015 (como vida, bebo água, cheiro ar e não arroto caviar)
A vida vai seguindo comboiando-se a todo instante, de passagem e visitante, de quem fica à morte lenta, de quem não sabe a morte longe e de quem vai à morte além. A vida ficou mais frágil? Talvez... Mas nós estamos mais sábios, temos plena consciência de que não estacionamos no tempo, nos comodismos dos dias e/ou nas ilusões dos cenários e cenas. Tudo no devido lugar, e o lugar no devido lugar, e o devido a quem é devido o lugar de estar no lugar. Não vou por o pé na estrada, no momento ela vem até mim; não vou me armar de armadura, minha dureza está na essência; não vou falar em poesia, a poesia é que falará por mim; não me obstruo em êxtases mundanos, pois são imundos e sempre sem fim. Janelas batem com o vento, vaso de planta, vaso de terra, maré cheia, baixa, vazante, têm vazaduras e secas, mentes, vesículas, versículos, esdrúxulos, esguios, sorrisos e lamentos, de joelhos, deitado, em pé. Abrem-se e fecham-se olhos, livros, portas, cabeças e comportas... Pouco importa se quer ou não quer. Nuvens correm e outras não; criam-se filhos, fornalhas, rinhas, falsários, salários, fé. Olham-se o João e o André. O céu ficou mais franco, e o frio, e a fraqueza do resfriado que foi pego na beira do rio, banhando-se em calafrios ou em prantos. Na sua melhor fase tudo assusta: a grama muito mais verde e o céu limpinho como uma folha estendida e passada em azul; as águas frescas e a mente flertando com o melhor que há no momento e no que estará porvir; e tudo assusta. Tudo e tão muito que pode se tornar pouco; tudo começa a fazer sentido e o sentido por si só está fora de controle. Hora de bagunçar. De lambuja a luz do abajur queima, nota-se a lua que trabalha insistente, noite após dia, sem ganhar nada por fora, nem um suborno sequer... Somente a admiração dos que veem, sentem, amam e vivem. Tudo que vier é lucro quando não se aposta alto tendo aposta de sobra. Tudo é paradoxo e até se torna imposto se diante do espelho da alma houver a negação de ser o dono do corpo, o dono das decisões. A vida vai seguindo, de repente até não. O relógio não para, só quando a corda lhe falta. Escrevendo de corpo e alma; de repente só com o mecânico mesmo. A vida vai se ajeitando como as águas das cachoeiras desenhando as marmitas. Leva tempo, mas há precisão.
André Anlub
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Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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