Um artigo bastante
interessante que encontrei na internet fala de programas implantados na Europa,
pelos países que estão recebendo migrantes de zonas conflituadas, para que se
reciclem no trato com as mulheres. Desacostumados à liberdade que o Ocidente
concedeu ao feminino, quem chega da Eritréia, por exemplo, choca-se. Lá, como
disse um refugiado, quando um homem deseja uma dama ele simplesmente a toma. A noção
de que é preciso respeitar a individualidade, as escolhas e o comportamento das
mulheres ainda não chegou a estes cantões. Estudando as causas de uma onda de estupros
em seu território, os noruegueses chegaram à conclusão de que é preciso reeducar
esta leva de infelizes que, formados sob
uma orientação de valores quase pré-históricos, ainda veem na mulher meros
objetos para satisfação sexual momentânea. O infeliz recebe um amistoso sorriso
de uma desconhecida em um bar ou no cruzamento de uma calçada e já acha que
isso é um convite para a cópula. O fundamentalista cobriu a mulher de alto
abaixo, deixando apenas os olhos de fora, como “solução” para este problema. O
problema de não saber conviver com suas compulsões, o problema de administrar
mal os seus instintos. O ocidental menos obtuso tratou de entender que isso
deve ser resolvido na esfera do relacionamento de cada um consigo mesmo. Se a
dama, como diz o eritreu, desperta no cavalheiro “desejos bestiais” a
responsabilidade por isso é inteiramente dele. Tomá-la à força ou mandar que se
cubra para não perturbar seus toscos olhos é inverter completamente a ordem das
coisas.
ROGÉRIO CAMARGO
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