Já foi de encontro com as mãos aos ombros, ensaiando um inolvidável beijo e demonstrando assim ser o mais original. Ante adormecido Vesúvio, conquistador caro, de curtas palavras afetuosas, minucioso no andar e no faro, pretensão volúvel. E o mal... Serpente que persevera, sempre há tempo que abunda, o veneno que fica à pampa, na sombra e na sobra do mais novo ovo de cobra. Desequilíbrio patológico, espalhando suas crias, nas cidades, nos bairros, nas ruas e vias. E o bem... Conquistador irrestrito, viu-se na acerba enrascada, preso ao amor puro e adequado, afogado em águas rasas, tornou-se de gosto: ‘Concubino’ erudito. Chegou manso com aquele papo de ouro, conquista, envolve e absorve. Se não deu, dá um tempo e tenta de novo naquele clima fresco, aquele vinho bom, lareira acesa e sentimento em “blow”. Se já há resposta, atividade! Com responsabilidade faça de jeito e de bom-tom. Vejo o futuro: a mulher grávida caminhando na praia, saia rodada e imensa vontade de estar numa festa cálida (pagã). Para quebrar a leitura, aumento essa coisa fútil, dispensável, absurda, cega, surda e muda, com esse parágrafo inútil. Volto ao conquistador barato, réu com popular palavreado, engomado, com a boca que dança ao som da goma de mascar. O ser mascarado de louco camuflado, fazendo crueldade. Escreve livros invisíveis, irrisórios (de matar), sem fim (há de acabar) e até mesmo sem finalidade. Por fim surgem infinitos demônios sem nomes nem rostos, sem breves e longos amores, surgem só para lhe buscar. Agora vemos as dores que somem longe e deixam os motores que impulsionam o viver. É só mais um dia, vida e coração, visão apaixonada do fluxo, sangria e adoração. Não há mais a dizer, só abra os olhos e permaneça amando. (Lá no final de tudo – onde o grito é mudo – quem sobrevive é o talento.)
André Anlub
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