Flor de lis, de lírio e lírico
(André Anlub - 6/1/13)
Chegando do silêncio veio como tempestade
E mordia suas ideias.
Tirava os laços dos futuros presentes,
Mostrava o onipresente,
Que ao botar pra fora os dentes,
Provava não ser um Oni enfim:
Nomeada como imperatriz de amores,
Que ganha de súbito
Sua coroa, trono e sonho,
Se aproximando do súdito
Com suas suntuosas flores.
Ouço você falar em público:
- o que seria mais certo - onde estaria o erro - qual a importância disso
A resposta vem com o ar fecundo,
Quebrando o coeso silencio,
Queimando mil brancos lenços,
Prevendo o fim dos futuros lamentos.
A resposta bateu de frente,
Com seu cheiro de alfazema,
Com seu humor de hiena
E interpretação eloquente.
Na tela do cinema da esquina
Já se viu esse filme antigo
De um multicor lírico
Com tons de pura boemia.
Sim, é poesia! Faz crescer as flores
E nasce nas flores crescidas.
A ignorância só não agride e quase mata,
Quando a mão fica inerte e a boca calada.
Abrigo-me com humildade num ninho,
Aprendo a voar como águia, correr como água
E seguir o meu guia.
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