Cadê a barba desse 'puto'?
Cárcere da Criação (Março - 2009)
Na imaginação madura que explode em uma linha
Que mesmo velha renasce todos os dias
Na solidão insegura... que mesmo a perigo se fortalece com ela
Os “zás” das canetas quentes são os “ás” nas mangas frias.
O poeta perpetuado nas ideias e criações
Faz de impurezas e mazelas em seu nobre ganha pão.
Na mais absoluta certeza do amor que sente na escrita
Faz dos sons recitados, iluminadas orações
Absorve do mundo, do dia a dia, histórias e magias
Juntando a verdade com o medo da mentira premeditada.
Se sente o moribundo mais vivo, espelho do íntimo de todos
Voando em um mundo próprio, se perde e se cobra no nada.
Mundo surreal de ouros e de sobras
Fita um objetivo, agradar sem ser o óbvio
Por muitas vezes consegue, e vai além, se desdobra.
Sendo valorizado, alimenta seu ego persistente
Ovacionado, por vezes preso a criação
Se sente em cárcere, viciado e doente
Mas no final é o medo, apego, inspiração.
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