Presente do meu amigo oculto da Gincana do Rô!
A lisura da mentira mais pura
Toques de melancolia e enfoques de respeito
E o grito ecoa, assim, saindo do peito.
O ar rarefeito e o vai e vem de pernas
Acorda – hiberna... como alguém havia dito.
Na cabeceira os anéis de ouro branco
O pranto nos olhos reflete no espelho.
As mãos lavadas na pia do banheiro
E na cozinha a sinfonia de um ovo frito.
Uma caixa se abre e aquele lindo presente
Que lembra o passado e prevê o futuro
Que faz inoportuno me dizer doente
E assim, tão ausente, enraizar no escuro.
Eis o calor dos novos tempos
Nas fronteiras ultrapassadas que lapidam os dias
Nas vias congestionadas por carros e catarros
E o odor do suor mais limpo da história
Que se espalha aos ventos.
E há o doce momento
Uma dentada na fruta
A amada desfrutada na tonalidade da vida
Nos botões das flores e nos de liga e desliga.
O sol que ofusca os olhos é o mesmo que ilumina os caminhos.
André Anlub®
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