Imoral (12/3/10)
Dos fascínios de uma única pura sorte,
Entrando em uma farta imensidão.
Preparando-me para o seu ego absoluto: estou chegando maior que o mundo e menor que a palma de sua mão... quero ser dono da sua alma, do seu coração; um pouco do absurdo de nunca ter tido uma vida pura.
Da pureza que lhe é rara e na redundância de minhas palavras, friso-as bem, antes que emudeça.
Suga tudo que é de bom de tudo
E do seu próprio sangue, mesmo que ralo:
- Assim que é falha, assim que é fogo
Pois assim na palha, tudo é um jogo.
(incendiou a sua casta)
Caminhada perdida e alma penada,
Feliz, de encontro ao avesso.
Nunca há derrota, pois de certo a merece.
Em todos os seus pecados, padece.
(Imoral, impura, inquieta, imortal)
Uma vida de lama se perpetua,
No desdém que sua chama queima,
Colecionando paixões às escuras...
Mas sim: “rebus sic stantibus – ‘Om mani padme hum’ – ‘da lama nasce a flor do lótus’".
A religião é descartável?
Ou um deus só para chamar de pai?
Órfão já na barriga magra,
Aquela raiva que sempre lhe trai.
Mas sim: podemos coexistir em quaisquer crenças e âmbitos!
André Anlub
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