E é mais ou menos assim:
Todo ser noturno tem dons...
E uma espécie de bússola na mente
É inerente também a delicadeza do silêncio
Junto com a irreverência da escuridão.
Com olhos bem abertos, bem espertos
Vê tal mundo azul marinho, azulado sombrio
Engana-se quem pensa que vive sozinho
Há uma multidão no breu que o cerca.
A solidão é como um ser noturno
Muitas vezes fere de surpresa
Provém do escuro – não há defesa
Mas tenta-se sempre se proteger e evitar.
Falsidade e traição são como vaga-lumes
Ficam no escuro e na luz ao mesmo tempo
O despojo não fica bem visível, bem funesto...
Está-se coruja – finalmente há defesa...
Os belos olhos abissais.
André Anlub
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