Das Loucuras (pimentorium in anus outrem refrescus est)
Baixa o lume do Sol
Pra poder ver o poder do Sol do Vagalume...
E assim se fez o feliz o futuro
Que bate em sua porta quase a demolindo.
Nesse dia lindo e apimentado de certezas
O doce cheiro de estrume.
Nada é para sempre,
Mas ainda há a certeza de estar se construindo.
Foca no próprio umbigo, blindado e ambíguo...
É espelho amigo usando-se como espelho.
Já pisa e pulsa e passa o tempo sorrindo
Que o desprezo de um dia ruim que ficou longe.
Já chega Janeiro e com ele a aflição...
Aquela aflição nova e antiga de estar num velho ano novo.
Mas dessa vez é diferente, é mudança, o muito é outro...
Tudo ecoa: benesses de ganhos remotos
Todos coam o mesmo café envelhecido
Todos ouvem os toques da trombeta do escopo.
Lá vem Lacan e o grande Outro;
Lá vem licor e o pequeno mesmo.
Ressaca guerra; trégua, café com leite e biscoito...
Lá vou eu outra vez fazendo alusão ao Círculo de Fogo.
André Anlub
(22/11/17)
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