Bate um fio, bate um “zap”, estou com saudades...
Mentira! É apenas carência de realidade.
Novamente o saudosismo puro, purê, pavimentos.
O frango assado no forno com as horas assando a saudade.
A idade vai avançando com o tempo que aponta a chegada...
Instantes que se prevê o terremoto com a raiz fraca da árvore.
Forte como um trem, o trilho que dita à passagem ao nunca,
É à força em inspiração de ferro, elo do dito: “força na peruca”.
A lembrança da casa que a mente tenta, abafa, expurga.
Notória sensação de tudo estranho: a orelha atrás da pulga.
Gigante, colosso, chumbo-grosso que não cabem num sonho;
Fragilidades, afoitamentos, compridos que cabem numa gaveta.
Hora do mingau minguado, peixe linguado e farinha de maracujá;
Noites dormindo acordado; dias com a corda no pescoço, mas se aguenta.
A saudade da facilidade dos tempos que já jazem,
Eis que surge mais uma vez aquela sensação de tormenta.
A armadura é posta, o escudo e a espada nos braços,
Dois passos à frente e o sorriso e o abraço se fazem.
André Anlub
(23/11/17)
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