Vem aí...
Das loucuras (puro apego, puro ar puro, pulo sem peso pelo poço)
Saudosismo puro, purinho, purpurina nos olhos colorindo o momento;
Ouço tiros na esquina, há furos na cortina; traças e as balas de festim.
O cheiro doce e molhado de capim; as estradas insalubres dos amargurados;
Tudo dentro e fora de uma miragem, o desprezo que perdeu a viagem.
Certos tipos de egoístas não possuem somente egoísmo,
Tem também indiferença diante desse sentimento tão ruim.
Mas não é hora de ressentimento e lavar a roupa suja,
Mas cabem nesse instante as palavras secretas intrusas:
Hora de se descobrir.
No sonho, numa bela manhã, decomporá toda essa inútil asneira,
O egoísmo enfim vai acabar e o sol voltará a brilhar através das peneiras.
Sim, pois durará pouco – pessimismo barato, porém realista...
Cintilantes verdades, obscuridade e claridade, muitas vezes antes vistas.
Aquele indivíduo prócer, próximo da perfeição, pro céu – adoração.
Olho gordo é o que não falta, mas foca-se no que os deuses falam – tome nota:
Há de se levar a paz, ter boa índole, não desejar o mal, amar e ser amado...
De resto muita coisa pode ser feita: seguir, se erguer, erguer os amigos;
Isso ou aquilo são detalhes... Mas esse preceito não foi feito para ser quebrado.
André Anlub
(11/11/17)
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