Das fagulhas
As fagulhas da vida
Acendem as fogueiras mais esquecidas
Aquelas que pareciam extintas
Renascem reabrindo feridas.
Com o andar certeiro e sereno
Atravessa-se a estreita ponte;
Olhos firmes através do nevoeiro
E nas mãos um livro de poesias.
Dentes que querem morder;
Pesadelos que querem morrer;
Os músculos não são minúsculos;
Ainda resta muita coisa a fazer:
Sinto e conto os segundos...
Estabelecido os limites,
Os lamentos derramam-se aos litros;
Criando inícios,
Possíveis meios e novos fins.
Há enfim o vulcão que explode por dentro e queima por fora...
Foi-se a aurora:
Põem-se ao por do sol as sublimes asas...
E que asas.
Tempos de açúcar e sal,
Mel e alguns temperos destemperados...
Mas a solução na contramão do tempo,
Sem lamento ou consentimento.
Atrelado no meu sonho de ter um barco
Há um poder colossal;
Ponho no papel – em primeira pessoa –,
A brincadeira que faço com as palavras.
André Anlub
(27/05/17)
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