Das Loucuras (ama as borboletas, mas mata as lagartas)
De repente tal coisa não seja incompreensível,
Apenas sua capacidade de cognição não a alcance.
Doa os joelhos, pois dor de cotovelo e tão démodé...
Crer para ver, ver e crer e acreditar que na cartola há coelho...
É saber que tudo é cru e verossímil, inclusive esse lance.
Adaptar textos, ouvir vozes,
Gritar em seitas, abrir exceções...
Não fazem nascer coerência,
Tampouco te redime às transgressões.
O amor é tão simples, belo e fulgente,
E não cabe em oportunas moldagens;
A dor que dói em outro e na gente
Faz parte da vida e suas engrenagens...
Assim, a luta deve ser respeitada e entendida,
As mãos devem ser estendidas – não às palmadas...
Mas para oferecer abrigo e coragem,
Para ser irmã, mãe, amiga.
Tudo bem e tudo firmeza em suas majestades,
Já vou-me tarde, vomitei no carpete.
Lá vem bronca – Bronco Billy no oeste...
Eastwood está velho, mas já deu suas cacetadas.
Sempre fui caçador;
Foi para isso que me presto
E é isso que me resta,
Agora chegando ao patamar da vida
Com as soluções nas mãos,
A visão ligeiramente cega
E tudo corretamente bem resolvido.
Morrerei lapidando meus olhos
Olhos de um pretenso poeta;
Visão de um “auto absolvido”
Miragem que erra e acerta*.
*Fragmento modificado do poema do autor “Soi-disant”
André Anlub®
(19/4/18)
Patativa do Assaré (Fortaleza/CE)
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