Das Loucuras (estoico, apostador, caótico, profano)
Ecos do provisório do cabelo escovado
E o corpo com cheiro de talco.
No papel o roteiro com o fim e o meio esperando o início.
Pés aquecidos em sapatos italianos bico fino...
“Pisantes” comprados de um índio.
O sal na boca e o céu acima,
“Biloucos” com o sangue cheio de álcool.
A plateia aperta o cinto,
Pois o espetáculo vai durar mais uns dias...
Uns dizem se tratar de rebeldia,
Outros se tratam com remédio num terreno baldio.
Cascalhos pelo chão e cães magros no pedaço compõem o cenário.
Sim, tem algo estranho no ar!
Alguém levanta uma placa pedindo gás do riso.
Na sequencia a consequência de não ter se separado do seu vício:
Viveu sua vida de vidro, tomou chá de presença e de sumiço.
Gritou nu pelas ruas, pois o silêncio o fazia deprimido.
Nunca esteve sozinho,
Meio mundo copiava seus caminhos.
Na rebeldia do seu tempo, na inércia da solidão,
Desvendou criptogramas, leu dicionários, diários, Bíblia, Alcorão.
Apostou em si mesmo, perdeu tudo que tinha;
Fez-se rico com pouco, conheceu sua sina.
Olha no espelho com orgulho, vê o quer encontrar...
Perdeu a necessidade inútil de sempre sorrir e agradar.
André Anlub
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