Das Loucuras (zeitgeist)
E a lava corre quente, venenosa e ligeira
Pelas veias e artérias do mundo
Uma leva nada leve segue esse fluxo vagabundo
Achando todas as críticas, besteiras.
O chá preto e a mente em branco
O banco lhe cobrando taxas
As tachas perfurando o cano
O que se passa com as uvas-passas?
Aquele olhar meio de lado
Pelado, o meio-ambiente agoniza
Pois ninguém quer sofrer calado
Feito a natureza que o homem aterroriza.
Ao enforcar o outro grita que a paz é o intento
Mesmo com a lupa nunca vê a saída
É preconceito nascendo em qualquer vento...
Na venta o cheiro de pólvora da bala perdida.
O chá branco e a mente é preta
Penteando macaco e o tal cabelo em ovo
O que há de novo, que nesse fronte há treta
O que há de velho, que é nas costas do povo.
E a lava resfriou novamente
Transformou-se em estrada para um novo pouso
Alguém lá em cima vai salvar o planeta,
Já estava na hora de no fazer contente.
André Anlub®
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Das Loucuras Nada de viver a vida “pianinho”
Acorrentou-se ao mastro,
engoliu a chave e tocou fogo no circo;
É equilibrista, palhaço, mágico,
atirador de facas, homem barbado...
Não se irrita pelo fato de ser leão
- domado pelo seu pessimismo,
Mas ficou assaz perturbado
- e brabo sem seu cafuné de domingo.
Momento louco extremo:
Pausa momentânea para higiene bucal:
É bom colocar em negrito que devem escovar bem os dentes...
Assim como se estivesse saindo para ir ao dentista.
Dizem que respeito é bom e conserva os dentes...
Mas meu avô sempre foi respeitoso e hoje é banguela.
De volta à perene insanidade branda e local:
Vida mal resolvida...
Os motores incomodam os pássaros,
a poluição ainda mais;
No tanto faz do bicho-homem,
o que apraz é regalo da vida.
Volta sem jamais ter ido;
foi-se sem jamais ter sido,
Eras tais...
A fantasia de tempos melhores
une-se ao otimismo utópico: Mudanças na alma;
Entalhamento do corpo;
Suor com efeito de ópio.
Mais uma vez o sacrifício,
de nova cruz imaginária que resta...
Fez corpos amontoados em hospícios
da vida do cotidiano;
ano a ano,
sem muros e grades,
com acrimônia faz-se o homem,
dia a dia,
com benevolências e males,
com delírio faz-se a festa.
André Anlub®
(Crato – 14/09/17)
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