Sicrano Barbosa
(André Anlub - 14/5/14)
Chegou o tempo das convicções positivas
De amores desatados por mãos limpas
Lavadas com o suor da procura.
Eis mais um desafio no meio do povo
“de andar semelhante”:
- barba bem feita,
O sapato novo
E alma nada desnuda.
Eis o semblante guerreiro,
Os filhos na escola e hora na labuta:
- comida na mesa e nove talheres
Para apenas duas mãos.
Chegou o tempo de desprender-se do básico
E não se sentir um traste por nada ter de praxe.
Fugindo da história:
Foi convicto à feira no domingo
E comprou seu peixe...
Subiu no velho caixote
E disse a todos os ouvintes:
- é bendito e bem-vindo o tal de Benvindo Nogueira...
Deputado do povo
(eleito por ser um homem oprimido).
Voltando à história:
No arraste das horas a barba crescendo
E o sapato mais velho,
Vê-se esotérico ao som erudito
De um novo critério;
Agora homem simples,
Sicrano da vida
Em um mundo baldio.
A vida estava por um fio,
Mas as nuvens se foram
E tempestades sumiram.
(o chão é o limite)
O tempo chegou,
O clarão é mais vivo
Das asas no apoio
E o voo continuo.
(o céu é o limite).
Há estradas fáceis que levam ao pecado,
Mas há também caminhos íngremes
Que estendem o tapete vermelho pro nada.
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