Buenas noches!Saramago - Caverna de Platão e as imagens
Posted by Koz Palma on Quinta, 16 de julho de 2015
Rabiscos gerais... [parte II]
16 de julho de 2015 às 09:54
Por debaixo da seda
você me seda...
Brinca de ser a pura,
E eu, em apuros, me cedo.
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Tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora.
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Vejo novos poetas
Parindo vida e feitiço,
Graça e sonoridade,
Avivando o agora,
Alcançando os ouvidos
E bulindo mil verves afora.
-- x --
O problema não é o sujeito ter avidez exacerbada por dinheiro;
o problema é ele pensar que todos seguem esse objetivo.
-- x --
Tenho alma em aquarela
alma fundida, misturada
afável e zen.
Alma branca, negra, amarela...
às vezes com tons de cinza
mas não só cinquenta!
São pra lá de cem.
-- x --
A conotação disse pra denotação que a mesma tinha um coração de pedra;
a denotação acreditou e morreu de infarto!
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Quem fala bem passa de jato ou de trem;
Quem fala mal pega cadeira e jornal.
-- x --
Uma nebulosa me persuade,
Fico com receio de satisfazer meu arroubo,
Mas meus pés nesse solo quente que arde,
Não conseguem permanecer sem meu voo.
-- x --
Uma tal ovelha negra
se desgarrou do rebanho
conseguiu sua liberdade
desfrutou do assanho.
E agora com mais maturidade
continua ovelha negra
só que feliz e arteira
dança com o namorado
na luz da fogueira.
-- x --
O segredo é parar de bater o pé falando que o tempo voa e começar a bater as asas voando mais alto que ele.
-- x --
Verto os versos na vértebra da poesia
até vê-la envergar ao máximo.
Faço do meu jeito.
Mergulho
entrego-me
sonho.
Os olhos se encharcam
a emoção fica ao avesso.
Faço o meu leito.
-- x --
Às vezes vivemos uma vida inteira em uma pequena época.
E ela passa, e acaba, e não volta;
então mais tarde se percebe que vivemos felizes uma vida inteira,
mas dentro de uma época que se foi.
-- x --
Vi nascer o amor
Vi morrer a aflição
Moribunda e vadia
Sem velório ou enterro
Sem desespero e futuro
Sem carpideira
Morreu fuzilada
Na fronteira em um muro.
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Não é física e nem afásico, talvez algo frásico sobre/sob fusão:
alcança-se o ponto de ebulição da água 50% mais rapidamente ocupando-se em outra coisa.
-- x --
Tenho mente clara e aberta,
alma e aura brancas e corretas,
ninguém me desbanca.
Não importa a cor da minha casca,
sempre serei camaleão – camaleoa;
não me avalie, gosto de pessoas raras
que não existem à toa.
-- x --
Sempre comecei pelo modo mais fácil,
Afinando os chifres na cabeça dos cavalos...
Mas só nos domados.
Chorei com os poetas e pintei inúmeras zebras.
Uma vez até me sentei
E ri, com as hienas.
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Não se diz ganancioso, apenas não se contenta com pouco;
só não percebeu ainda que também não se contenta com muito.
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Não vim ao mundo para durar;
quem dura é pilha de marca e conselho de avó;
vim ao mundo para fazer o que gosto,
ser feliz e ter qualidade de vida à minha maneira...
Vivo sem me preocupar com o tempo de estadia.
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Vindo as noites frias já me aquecia nos seus lábios
E nos alfarrábios com as poesias que levam ao alto.
Fiz do poço o salto e do básico todo um universo,
Ilustrei meu inverso e ao invés do trágico fitei o palco.
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Viva e deixe viver, pense sempre alto
Curta a vida que é curta
Não ande pelado no asfalto
Mas também não vista uma burca.
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Vivemos em um faz de contas
Onde contas se empilham em mesas
Muito igual é a desigualdade
Estômagos gritam na escuridão das cidades
E as incertezas são nossos irmãos siameses
Engolindo os meses
Vomitando afrontas.
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Até coloquem palavras em minha boca... mas que nasçam poesias.
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Voo entre a terra e o céu
O sonho que crio na escrita
Lua que derrama no papel
Sol de desbanca na tinta.
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Vou degustar outros ares,
Novos mantras e músicas,
Devorar os segredos,
E digerir o dom.
Vou esculpir o vão
E redesenhar velhos mares,
Fazer da vida um folguedo
Num real sonho bom.
Vejo o ser montanha russa,
Dando tapa na fuça da depressão.
Vejo a beleza em rubores de fúcsia,
Sendo cor ou sendo flor,
Sempre adoração.
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A vida é muito curta para entre uma rotina e outra ficarmos preocupados com hábitos
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Sempre levei a escrita e as artes plásticas como hobby.
E assim pretendo seguir.
Na vida já há competição suficiente
e tento não colocar minhas paixões nessa.
-- x –
Sempre sorrio com um bom poema
ou com o sol nascendo ao longe
num céu azul, quase turquesa
no alaranjado ao vermelhidão
que borra a folha, desfaz a resma.
-- x –
Faça da sua consciência a sua própria régua – balança – espelho.
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Sendo o alicerce mais forte,
fez-se o castelo.
Nasce o coveiro,
que rompe vis elos,
enterra as contendas,
encarcera o faqueiro
que insiste no corte.
O som é mais ameno,
no feliz badalar dos sinos
para a hora do recreio.
-- x –
Sendo o céu infinito
Deixarei nele
Todo meu amor por ti
Repousando à vontade
Enquanto não chegas.
-- x –
Sentada à mesa ao jantar,
perfeita na metáfora dos gestos;
pegando o suco,
molhando os lábios,
encanto abrupto
nos calores honestos.
Sei dessa vida o meu vagar,
sinto-me amar e vou dizer:
tenho prazer nos excessos
dos seus ardentes hinos,
sendo inteiramente felina
nas horizontais de prazer.
-- x –
Será que sou anti-herói filósofo
Que tem a cabeça dura de pedra
De frágil esteatito;
Que tem perigosa peçonha
E usa para criar o antídoto;
Que tem o coração guardado
A sete ou oito chaves
Mas deu cópia aos amigos?
-- x –
Só com uma luneta podemos ver a tristeza que está no nada
crianças sem fome ou sede, com aconchego e um futuro abissal
empáfias, crueldades e cóleras morrendo asfixiadas
caem vis preconceitos, caem muros, desaba o mal.
-- x –
Só o amor constrói...
Às vezes
Imponentes casebres
De madeira;
Às vezes...
Impotentes castelos
De areia.-- x –
Quero sempre estar com ela
Em novos sonhos e novas ideias,
Outros planetas,
Inúmeros cometas,
Espalhando os sentimentos
Nas caudas de veemência,
Nos inéditos momentos,
Em outras ondas, outras facetas,
Alegrias e tristezas
Que esculpem nossa existência.
-- x –
Faço do meu Deus o alter ego da minha consciência.
-- x --
Soberba e bazófia
palavras fortes e engomadas
goteiras nas torneiras
de algumas camadas privilegiadas.
-- x –
Sobre os amores faltam-me versos
tentarei, mas posso estar errado
são faces afinadas
olhos certos
facas afiadas
olhos cegos
sonhos bons em noites enluaradas.
Tudo claro
olhos fechados
línguas extensas
descontroladas
são lenhas que almejam machados.
-- x –
Soi-disant - Sempre fui caçador
Agora chegando ao patamar da vida
com as soluções nas mãos
e a visão ligeiramente cega
mas corretamente bem resolvida.
Morrerei lapidando meus olhos
olhos de um pretenso poeta.
-- x –
Sonhei com o Tibet!
E pra quebrar o tabu
sem quebrar a tíbia
vou tocar tuba
dentro da taba
deitado em uma tumba.
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Sou como a piracema
por minhas convicções
sou capaz de nadar contra a corrente.
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Sozinho e sem norte
Vejo no arrebol desse dia
O brilho do teu olhar.
Deito e disparo um grito ditoso de Dante...
“TE AMO”
Ensurdecendo os Deuses.
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Talvez ninguém saiba
talvez nunca saibamos
talvez hão de saber.
Mas nesse ínterim
sigo dentro do arcano
amando e sendo amado
sem sequer saber o porquê.
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Tão célere vai passando o ano
que já deu sinal na retina
o outono
descendo a colina.
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A gente se habitua a tudo na vida; dá-se o nome de flexibilidade.
Quando habitua-se com assiduidade, dá-se o nome de comodismo.
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Tão insensata professora é a vida.
Na lida com o apego e o amor
ponderação e questionamento
ela ensina.
Mas não se iluda!
Jamais se aprende o suficiente
e nos seus erros eloquentes
ela castiga.
-- x --
Tem sido poesia que me invade
e em alarde e envaidecido
sigo saciado na tua maestria.
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Temos o poder do pensamento, e de torná-lo secreto e restrito.
Se tudo que viesse à mente fosse exposto em praça pública,
todos os monstros fantasmagóricos e bárbaros tomariam forma.
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Tenho a alma transbordando nesse doce momento, um palpável amor que vai ao alto firmamento. Devoção é promessa que nunca se viu abalável; amparo é a certeza de jamais ser recusável. Em meus sonhos um querubim me confidencia: "Por trás dessa máscara negra há um mortal amável". Derramarei meu deleite ao máximo desatino e seguirei suas pegadas pelas areias quentes do destino.
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Tenho quase uma “obrigação” de acreditar em uma força superior...
Pois, pelo contrário, em quem eu colocaria o mérito de toda a sorte que tive e tenho em minha vida?
-- x --
Tenho seus poemas tatuados para meu longo conforto,
Ás vezes os leio a esmo, desmanchando possível mácula.
Dentro de uma garrafa de fino gargalo torto,
Com as letras distorcidas que renasceram de um cálido aborto,
Leio um romance barato que se tornou simpática fábula.
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Tenho um caso extraconjugal
com o Outono.
Mas não contem pro verão
ele esquenta à toa
e é deveras ciumento.
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Tragam vozes e resmas
tragam versos e temas
porque meu amor
pela praia passeia.
Na orelha uma açucena
emoção é plena
o coração tá sereno
e o olhar tá sereia.
-- x --
Três pessoas sem o menor pudor
Eu dou paulada na água
Meu Eu lírico quebra o vento
E o alter ego dobra uma esquina
Mas, para não sermos prolixos,
Revelamos logo nosso ponto fraco:
Tomamos surras do amor.
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Tudo está mais claro e prático dentro do meu sorriso,
Fez o improviso arrepiar o pelo e esquentar a alma.
Então exibo agora o nosso real e o meu inventivo
E pedindo eu viso que assim o faça sem mais ou mal.
Seja leve, seja doce, assim como nossa melodia.
Seja a lua do meu dia e da minha razão o sol.
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Uma caixa se abre e aquele lindo presente,
Que lembra o passado e prevê o futuro,
Que faz inoportuno me dizer doente,
E assim, tão ausente, enraizei no escuro.
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Uma tormenta de enorme proporção pairava na emoção...
Mas tudo mudou nesses santos anos.
Foram-se os olhos derramando lágrimas turvas,
Foi-se a aflição do velho homem branco.
E na esquina nos vigia,
O sentimento e seus novos planos.
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Veio assim de repente,
como essa brisa gostosa que corta o vale
Uma lembrança recente, que se faz nascente
No amor que ainda insiste em você.
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Vejo estática tua íris,
Por compreenderes tamanha epístola.
Voas, feito águia,
Tão majestosa tal qual a vida.
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Vem à nuvem, vem à névoa
e somem a aves no véu de um Deus.
Os olhos fechados vão além,
veem tudo e todos,
no clarão e na treva,
os segredos e os pecados
que jamais foram meus.
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Saber que está sendo enganado, e nada fazer, só te adiciona na lista dos que te enganam.
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Vê-se os trilhos do bonde
no pé das frutas do conde
no entorno do misto dos milhos
com as doces e tortas espigas
do conde de monte cristo.
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Aquela gota
corriqueira
que pinga
da torneira
é como
minha lágrima
amiga
salgada
temperando meus lábios
nesses dias sedentos
pelas lembranças
momentos
vazios
sem você.
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Ontem: recuperei o tempo perdido, esqueci-me dos problemas e reescrevi um poema antigo;
hoje: perdi algum tempo que tive, mas resolvi problemas antigos e escrevi um poema novo.
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Ainda mergulho de cabeça em uma paixão;
mas checo a profundidade e a temperatura da água,
coloco touca, tapa ouvidos, pensando duas vezes e vou.
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Resolveu decorar o mundo de dentro e tornou-se bem mais feliz.
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Sem visionar um futuro não haverá mais nada para se ouvir além de tudo que se ouve e sempre houve
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Amizade não é aluguel da alma
nem penhora, tampouco permuta.
Amizade é entender, saber ouvir
ir junto à luta.
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A liberdade sempre aceita bailar com alguém...
mas há um porém:
respeitar o espaço do outro
com ela num polo
e o parceiro no outro.
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As quedas nos obrigam a levantarmos a cabeça,
Reconstruirmos com paciência,
Cada passo, cada tijolo, cada pecado e inocência;
Erguendo-nos mais rígidos e harmônicos,
Com o cimento da convivência.
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Hoje tem manga,
Pés descalços para encarar a subida,
Alegria do doce na boca,
O melado no rosto
E a brusca sensação de ser moleque;
Hoje tem manga,
Ontem teve manga
E amanhã é mistério.
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Já se foi o pássaro por entre os coqueiros e a maresia
deixando um dedo apontado ao infinito
e um sorriso no rosto da menina.
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Lá no final de tudo, onde o grito é mudo, quem sobrevive é o talento.
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Lembrei-me da mocidade
num instante congelado
ao som de um verde pássaro
nesse nosso antigo lago.
Uma pequena e livre garça
charmosa, cheia de graça
dançou desengonçada
sobre a água - sob o sol.
Fitou-me com ousadia
e de leve fez barganha
num breve arrebol que banha
meu amor no espelho do céu.
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Não sabe o porquê, nem por onde ou por quem,
Só sabe que dança a dança mais zen;
E dança no embalo do samba da vida,
Na alma o brilhar, bailar dos amores,
Cheia de cores, de festas, de todos;
É a dança frenética, sem ritmo ou tambores,
De velho, menino, gigante que é rei,
De ruas e rios de deuses plebeus;
Se dança na raça e na praça ditosa,
No coreto da vitória e no viés do além.
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“O show tem que continuar”
mesmo se a plateia é parca
se o porco de barro está oco
se há cortinas comidas por traças
se o poeta fez pouco.
Sempre haverá saída
pois duas únicas coisas bastam:
o sorriso e o aplauso da pessoa amada
na primeira fila do teatro da vida.
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O tal vento cruel e birrento
soprou ao meu ouvido
como uma fera grunhindo
e nada adiantou...
só a cera espalhou.
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Os anjos trouxeram predicados
abençoando as conquistas
lapidando as certezas
aqui nesse dia sagrado.
E sob a lua alegre e minguante
nós, os humildes bardos
festivamente cantamos
com os novos perdoados pecantes.
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Ser feliz com o viver protegido
ungido com o suor de mil anjos.
Na boca pequena um grandioso sorriso
e aos ouvidos os violinos em arranjos.
- André Anlub
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