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Posted by Rio, ontem e hoje on Sexta, 10 de julho de 2015
Dueto da tarde (CCI)
O pensante não pensar para não pesar a consciência, deixa, apesar de tudo, um pesar enorme aos companheiros não pensantes passantes.
É tudo uma questão de não questionar, talvez. Ou de questionar sempre, talvez. Uma questão de deixar tudo em paz. Ou de fazer a guerra certa.
No grande mapa da questão as fronteiras não estão visíveis. Há o risco enorme de um bombardeio por acidente ao campo amigo.
Um regimento de entendimentos combate os desentendimentos e sofre baixas terríveis, a Cruz Vermelha não para de trabalhar.
As pedras rolando indicam que nem sempre se pode ter o que quer, mas deve-se sempre continuar tentando. Há quem prefira a calmaria do fluído rosa decorando o interior do corpo.
Há quem prefira não ter que preferir, leva a receita na farmácia e aceita o que venha do outro lado do balcão. Mas as pedras sempre rolam.
Qualquer remédio é bem-vindo, satisfatório e de efeito garantido quando mesmo enxergando se é um cego para a doença que nunca existiu.
Qualquer remédio é a ilusão da cura, qualquer saída é uma ilusão de sair, de não estar mais ali. E sempre se leva o ali junto. Não há outro ali afora quem o criou.
O pensante por um instante pensou em passar a não ter mais pesar em pesar suas atitudes. Mas acabou deixando para lá.
Deixar pra lá também leva o ali junto. Mas quem se importa, se o farmacêutico aceita a receita e deita sabença sobre seu efeito?
Rogério Camargo e André Anlub
(13/7/15)
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