A
doidice raiando em açoite,
Que
acalora nessa noite,
Com a
inspiração no girassol (que dormia)...
Fizeram
eu, minha 35 mm e minha rebeldia
Idealizarmos
a noite tornando-se dia
Surto na
lua brilhar quão o sol.
Dueto XV (André Anlub e Rogério Camargo)
Depois que a sombra tomou conta da lua, fazendo-se menina também,
Desenhou um sorriso (lá e cá), e agora almeja ir além.
Depois que a lua mostrou à sombra que era ela e mais ninguém,
Desvendou os mistérios, trouxe a paz que apraz o “porém”.
Estavam as duas como sempre estão as duas quando o mar se acalma,
Ponto de luz cintilando no espelho, desvanecendo o receio de um futuro breu na alma.
Para a imagem de sol que guardava ainda na lembrança, ergueu as mãos, mostrou as palmas,
Sentiu o respeito, o respiro, o silêncio, a saliência e o bendito dos peixes e de todas as finas floras e faunas.
Era um tempo gasto em se mirar nos espelhos das águas mansas e reticentes,
Em ver o próprio rosto sorridente, ver felicidade e futuras pulcras nascentes
Onde reconhecer a sombra das coisas e a sombra das gentes.
Assim molda-se a vida, construindo as saídas pelos naturais caminhos
Que dão à sombra da lua modo e razão para amar seus desalinhos
E ela se dispensa; entra em cena e põe a mesa a energia dos astros vizinhos.
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