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Meu Mar é mais melo que marmelo
Dizem que a inspiração vem pelo ar,
E é absurdamente bem-vinda, como o amor esvanecido.
E as asas invisíveis já estão batendo em sintonia...
Distintas criações e influências passeiam pelo ar;
Surgem e vão-se como uma espécie de epidemia... voejando;
Passam por frestas de janelas, levantam e assentam folhas,
Ouvem besteiras da larga e desumana boca da intolerância...
Que um dia há de se acabar.
Seguem voando...
Incidem nos cabelos das morenas, das meninas,
Pegando carona em seus luxuosos pensamentos...
Aprofundam-se em sonhos e estacionam nas imagens,
Nascem delas ou as inventam; criam pessoas, situações;
Criam o Mar e canoas – criam o navegante – esculpem a perfeição.
“Queijo coalho, pamonha, acerola, açaí”...
Gritou o vendedor enquanto eu resolvi rabiscar esse texto;
O açaí lembrou-me o Mar.
Quero o som do Mar, a visão do Mar, o sabor do seu sal.
Tombar na monumental percepção de bem-estar;
Mesmo estando longe, e onde mais eu estiver...
Quero seus beijos, seu toque, seu banho.
O açaí e o tudo me lembram o Mar,
Lembram que o amor foi mergulhar e não voltou,
Transmutou-se em Mar...
E assim está bom; está de bom tamanho.
André Anlub
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