Em escasso tempo algo mais perto docemente apertou...
Tornou-se o meu Eu, em tudo perto, o que foi assaz longe e mau.
Assim como o bom que para já se multiplica em “bons”,
Tudo acaba junto ao pesadelo do que nunca foi real; e eu sou real.
De minha alma nem sei o que poderia dizer o que condiz;
Acabou acalmando e sancionando o que sempre soube.
Sonhos bons e fatos restaurando estragos que outrora tragaram o tempo...
Me trazem aqui – agora, me fazem rir, me fazem nada fingir...
Ser e sou, estar e estou, adotar o viver que me coube.
Se há pintura para mim; se há postura para mim; podo-me.
O café no fim é o fim... e até que enfim no fim do início estou.
Me sinto e me deixo farto; fiz um pacto ao ver o parto da dor.
Recomeço do tempo de não ter minhas mãos de escultor,
Que não podiam e assim explodiam em não me fazer o que sou.
A monotonia que berrava escondia a luz que nunca veio... falsa luz;
Escuridão e ferida, que não existiam por fora, eram bem-vindas por dentro...
Explodem agora no grito uníssono de amor e arte;
E só tem força nos recorrentes pesadelos – faz parte.
Por dentro não há mais adendos de estalos de enfarte;
Só o sorriso de tudo que valeu o nosso combate.
André Anlub
(4/1/17)
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