Nódoa (2010)
Passou percebido como um terremoto
Teceu vários olhares
Sons inóspitos para alguns
Agradáveis para milhares
Rebeldia de uma meretriz
Capitalista convencional
Compra, comprará, comprou, quem quis
Absolutamente fenomenal
Mulher perfeccional e pérfida
Adjunta de tudo e todos que convém
Sua índole muito maléfica
Fazia do mais importante um ninguém
Seguia com o nariz apontando para o céu
Fazia de qualquer deus um réu
Mais bela, inteligente e realizada
Dona do tudo, quase tudo e do nada
Sempre foi uma rainha que não transige
Não precisava de um rei só
Não tinha dó, nem ré, mi, nem lá......
Quando morresse viraria ouro em pó
Essa rosa linda do jardim
Seu perfume surreal
É oferecida para mim
Em uma crise existencial
Subjugava seus valores decorrentes
Não se importa com a dor
Nunca é coerente
Somente de sua própria vertente
Engole o mundo e arrota
Esnobe como sempre é
Abre suas idéias, comportas
Perfeitas da cabeça aos pés
Ergue muralhas de beleza
Sem fim e nem comparação
Melhor que a mãe natureza
Tem o universo nas mãos
Quando morrer virará pó de ouro
Todos no mundo irão chorar
Pois perderam o maior dos tesouros
Nódoa, dona de tudo que há.
André Anlub
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