Bairro Seminário, Crato/CE
Sossego (2009)
O meu sossego nunca existiu
Pois dele não tenho apreço
Quem me vê e quem me viu
Sabe que viro a vida do avesso
Sossego a meu ver é igual morte
E com sorte não quero nem ver
Agitação é miocárdio bem forte
Bate sempre com sorte ao bel-prazer
Sossego de repente pode até ser brisa
Passa bem rápida, enfática que nem inferniza
Pode ser também a hipnótica e doce monotonia
Ficar parado, enraizado, à toa em melancolia.
No desapego, o meu sossego pode ser dor
Ver a flor em pouco tempo despetalar
Uma nova desabrochar e o Sol ser pôr
O que for... deixem meu sossego serenar.
André Anlub
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