Tema-me
Perder a esperança não é bom
Há de se armar melhor
Não falo só de roupas camufladas
Nem armas ou armaduras.
A guerra é covarde
E a vida é única.
Ouço o grito de Hades
Aprisionado no limbo
Jogando xadrez com si próprio
Com sua maldade sinistra.
Me sente e me olha
Pisca, coça o nariz e chora.
Minha foice o assombra
Minha sombra foi-se.
Estou em pesadelos
Em gigantescas tempestades
Na não salvação e não zelo.
Sou presença
Minha sentença é derradeira
E na cachoeira da sorte
Sou a seca
Sou a morte.
André Anlub®
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