Prisioneiro deposto (descubro que aquilo não era esperteza, e sim covardia)
Já rodei pelos vis bares e espeluncas loucas da vida;
Em puteiros faceiros falidos com mulheres musas de esquina.
Já me vi na latrina latente e na obscuridade incurável do ser;
E seguindo cegando nas vozes o que na pena precisaria fazer.
Mas no corpo absorto e na alma encalma tão visível ameaça,
Cicatriz do aprendiz que se estende ao lado das largas tatuagens.
E como estranhas e quentes miragens que se fundem em ferro na carcaça
Fazendo-me a raça da (dês) graça, sem ao menos e ao muito me conhecer.
Então me camuflo confuso pra prosseguir animado e adiante;
O coração em reação está imundo, mas não carece cárcere ou morrer.
Já fui torto/morto por dentro – desfavor do pavor de outrora;
Quase finado/afinado por fora – vários prévios instantes do ontem.
Um adendo por dentro; um dedo na roleta russa do desgosto...
Vejo seu riso no rosto (posto e imposto), no alvedrio da bala.
Os gritos e falas (nos rompantes), em um minuto se calam;
Apontado ao ávido ouvido e ao som do breve estampido:
O ínfimo no infinito de guarda aguarda o prisioneiro deposto.
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