Podia ter sido mais sol
O calor que batia na alma,
Sem refresco, mais e mais quente ficava.
Faltava isso, talvez aquilo, para montar uma elipse,
Envolta do desmesurado eclipse,
De tal sol.
Aquela fragrância de nova vida,
Da porta aberta do viveiro,
Batia nos orifícios do nariz; como coisa boa...
Fubá fresquinho, coco queimado, doce broa...
Acompanhada por um manacá-de-cheiro.
O orvalho brinca de tobogã,
Em uma enorme folha de taioba.
Sei, sei que ainda necessitava de mais música,
Música boa, aquela apreciada pelos pássaros,
Que dançam valsa com o vento.
Vendo com alguns olhos críticos,
Dizem que parecia perfeito, e era,
Mas podia melhorar.
Podia ter sido mais sol,
Pois geralmente sonhavam com a noite.
Podia também ter sido mais amor,
Com coloridos emblemáticos,
Dos mais profundos,
Nobres,
Raros.
Dos que alto berram, até as nuvens,
Vale a luta, vale a guerra,
Pintam aquarelas,
Nos anseios inebriados.
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