Dos antolhos
(André Anlub - 5/6/12)
Quero um apropriado escudo Celta,
Pois há lanças voando sem rumo,
Almejando ébrias mentes sem prumo,
Mas por acidente a mesma me acerta.
Quero o melhor dos virgens azeites,
Pois nas saladas só tem abobrinhas,
Na disparidade de várias cozinhas,
Todos adotam a mesma receita.
Quero ver e ler o que outros registram,
Sem antolhos nem cínica mordaça,
Sem caroço impelido na garganta,
Faz o engasgo que mata na empáfia.
Mas não só quero como também ofereço,
Meus singelos poemas com terno adereço.
E com pachorra e olhos modestos,
Vê-se admirável o que era obsoleto.
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